Apesar de existirem
etapas intermediárias de projeto, as apresentadas a seguir normalmente são as
mais comuns, pelas quais passam praticamente todos os grandes projetos.
Estudo Preliminar - cabe ao cliente dizer os objetivos que pretende atingir com sua construção, fornecer
um programa ou lista de necessidades, fixar o tempo que gastará para construir
e o custo máximo para a obra.
No diálogo com o cliente surgem problemas e
soluções. Ao mesmo tempo o arquiteto estará fazendo suas pesquisas e anotações
de modo a orientar suas primeiras ideias (croquis).
A partir da
localização do terreno (lote, quadra e bairro), faz-se a consulta prévia na
prefeitura, que é um documento obrigatório para aprovação de projetos. Este
documento fornece os parâmetros mínimos recomendados pela prefeitura, como:
recuos, altura máxima da edificação, taxa de ocupação, coeficiente de
aproveitamento...
Esboço - estudo preliminar, que envolve a
análise das várias condicionantes do projeto, normalmente materializa-se em uma
série de croquis e esboços que não precisam necessariamente seguir as regras
tradicionais do desenho arquitetônico. É um desenho mais livre, constituído por
um traço sem a rigidez dos desenhos típicos das etapas posteriores.
Anteprojeto - nesta etapa, com as várias características do projeto já definidas,
(implantação, estrutura, elementos construtivos, organização funcional,
partido, etc.), o desenho já abrange um nível maior de rigor e detalhamento. No
entanto, não costuma ser necessário informar uma quantidade muito grande, nem
muito trabalhada, de detalhes da construção. Em um projeto residencial, por
exemplo, costuma-se trabalhar nas escalas 1:100 ou 1:200. Nesta etapa ainda são
anexadas perspectivas internas e externas feitas à mão ou produzidas em
ambiente gráfico-computacional, em cores ou preto e branco, com localização de
mobílias, para permitir melhor compreensão do projeto.
Projeto - corresponde ao conjunto de desenhos
que é encaminhado aos órgãos públicos de fiscalização de edifícios. Por este
motivo, possui algumas regras próprias de apresentação, variando de cidade em
cidade. Costuma-se trabalhar nas mesmas escalas do anteprojeto.
Projeto
executivo - corresponde à confecção dos desenhos que são encaminhados à obra,
sendo, portanto, a mais trabalhada. Devem ser desenhados todos os detalhes do
edifício, com um nível de complexidade adequado à realização da construção. O
projeto básico costuma ser trabalhado em escalas como 1:50 ou 1:100, assim como
seu detalhamento é elaborado em escalas como 1:20, 1:10, 1:5 e eventualmente, 1:1.
O projeto completo deve ser acompanhado de detalhes construtivos (portas,
janelas, balcões, armários, e outros) e de especificações de materiais (piso, parede,
forros, peças sanitárias, coberturas, ferragens, etc.).
Com estes
dados preparam-se o orçamento de materiais, e os projetos complementares como:
projetos estrutural, elétrico, telefônico, hidro sanitário, prevenção contra
incêndio e outros. Todos estes projetos, chamados de originais, chegam à
construção sob forma de cópias, em geral feitas em papel heliográfico ou
sulfite (AUTOCAD). O papel heliográfico (tipo azul ou preto) é o resultado da
ação química do amoníaco em presença da luz ou vice-versa